sábado, 27 de dezembro de 2008

Visão de anta chucra e desdentada no deserto do Saara em pleno verão, com efeito estufa aumentando 10 graus.

Natal
Carnaval
Neve
Praia
Família
Putaria
Solidariedade
Alegria
Fim de um ciclo
E o tempo se adia
Anta

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Fim de ano

A foto é de fato um ato
e deve ser punida como tal
O descaso é tal qual um fato
que foi ignorado no final
O macaco é a imagem do homem
no carnaval é tudo igual
Calendário é só a mentira
que vou trocar no natal
Porque no reveillon é muito em cima
prefiro me antecipar ao boçal

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Bonequinha de Luxo

Bonequinha de luxo
sou assim quando saio
meu olhar, meu desprezo
seu olhar eu desprezo
sob meu salto preto
te piso, te nego

Sou bonequinha
sou luxo
mercadoria fina
jóia cara
pra merecer meu bafo
me mostre o carro
me mostre as casas
aí eu caso

Mas se falir
se faltar dinheiro
se tudo acabar
contigo não poderei ficar
porque sou bonequinha de luxo
amor é fácil de se achar
já boa vida...
sou bonequinha
mereço bem estar
e jóias raras de se comprar

(Ana Joaquina Samsonite da Silva)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Puta merda

é freio
óleo motor
acelerador
retentor
afogador
anador
por favor!

Metrópole atordoada de sentimentos telefônicos e internéticos

No ar
transpiro
Ação

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Torto

Aqui sentado meio torto
torço pra otro dia chegá
é que deu mal jeito na coluna
debaxo da custela
bem no meio da cacunda
e tá difícil de andá

Quiria í no pasto
ou visitar seu Zé da venda
mas pelo visto o que me sobra
é cumé mingau no jantá
pra modi a cacunda méiorá
e eu pudê pescá

Mas e se eu mióro?
não vou tê tempo pra nada
purquê trabaio dia e noite
pra podê minha famía sustentá
então calma cacunda
que tá bão do jeito que tá

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Para Hermes e Renato

Que dizer do humor?
que a cada dia toma meu rubor
toma meu tempo por favor
quero mais gargalhar
e menos dor

Liga a TV meu amor
vai começar minha alegria
minhas rugas agradecem noite e dia
eu me sinto bem, zen
menos ninguém

E de rir a risada perfeita
gargalhar a gargalhada eleita
de tanto ver o que me interessa
eu cresço no meio dessa merda
sem sentir o cheiro do que resta

A madeira podre rejuvenesce
pela curva ascendente
pelo mostrar dos dentes
que me brota na face
desses pais que só me atiçam
a criar bobagens
porque num mundo sério e rouco
prefiro a sanidade do louco

sábado, 25 de outubro de 2008

Sala de espera

Quando se espera
tem que aguardar
tem que se guardar a dor
de esperar

A espera da resposta
pode paralisar
um fígado, um pâncreas, um rim
pelos dez segundos
mais longos da história

Há quem consiga respirar
nessas horas
outros sufocam um amargo
gosto de veneno adormecido
no meio da garganta
que nada passa
sequer existe

A espera é triste
à espera da alegria
que espera chegar
o adjetivo aguardado
que faz brotar a curva perfeita
a iluminar todos os sentidos

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Música: Som + a

No fundo há um lugar
tão lindo de se ver
de se ficar, cantar o sol
que nasce no alvorecer
dos pássaros e no lençol
eu a me espreguiçar do sono
logo acordar risonho
e poder curtir o ar
a navegar pelo céu amante
de criaturas falantes
que a cada suspiro crescem
e parecem lapidar o sonho
que ali aparece sólido
tão real, natural e sóbrio
e o assobio parece ecoar
enquanto vejo todos ali
cantando o bem
tocando o bom
alimentando minha alma
com migalhas de saudade
e som

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vida pós semi

O sangue brotava
coisa nojenta
tosca
suja
porca
e se torcia a lança
em seu peito
em seu leito
em sua ilusão
despedaçada
dos sonhos
maltratados
mal cuidados
mal sonhados
mal dados
deu sorte
de nada
acordar no alto
querer voltar
voar
ventilar o corpo
não pode
é morte
morrida
matada
sentida
e agora
só alegria
festa
clarão
do peso da Terra
da escuridão da noite
só a lembrança
agora é sol
luz
lumiar
iluminado
há de ficar
estou aqui
a trabalhar
mas às vezes não
sou homem
imperfeito
teimoso
pidão
chorão
meu corpo pesa
sou limitado
não atravesso o chão
não vôo
não me teletransporto
que querer então?
sou humano
homem de carne
pecador
pacaminoso
cristão
ou não
de nada
Dánate
obrigado
pela jornada
que pesa
mas levita
e percebo
que passa
logo passa
sou alado
e vou
logo
flutuar

Adivinha

eu vinha andando
e adivinha!
há de vir
se há!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Como se soubesse

E como saber
o que dizer
na hora certa
acertar a porta aberta
e entrar

E como saber
a hora de ouvir
logo desperta a sede
de acordar a boca
e falar

E como perder
o medo de ser
e viver sem medo
de errar na esquina
e machucar

E como proceder
numa entrevista de emprego
cheio de anseios e medos
saber que pode ser
ou fracassar

E como enrigecer
a curva da cintura
em meio a tanta fritura
não comer coxinha
vai adiantar

E como sorrir
mesmo sujo de lama
sem água e sabão
pular na cachoeira molhada
se libertar

E como ler
o que escrevo
sem querer apagar ou complementar
deixar o mundo ler
e relaxar

sábado, 4 de outubro de 2008

2m2

dois metros quadrados
para sentir calor
tem gente passando
e um ventilador
mas não tem jeito
a água pinga da testa
e já molha a cueca
a blusa cola nas costas
e a calça sonha virar short
que sorte que o dia já termina
daqui a cinco horas acabou
vou embora e pronto
tiro a roupa
não ponho outra
abro a torneira fria
gelada
arrependo e ponho no morno
que queima feito fogo
me estresso, não nego
me queimo e suo de novo
sonho com o calor passar
mas que venha pouco frio
porque na verdade gosto de suar

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Calor

Puta merda
tá calor!
esquenta minha auréola
sufoca meu espirro
adianta meu rubor

terça-feira, 30 de setembro de 2008

E agora João?

Bom, e agora João?
Se sim, se não
não sei não
Pensa bem João
Se come ou planta
o pé de feijão
se corre ou segura
o furacão
se bebe leite
ou compra um bezerro
que o faça desde cedo

Se prepare João
que agora vem mais
bom ou mal assim vai ser
se prepare João
chega de arroz com feijão
agora tem que ser
feijoada ou leitão
do contrário quero não
nem eu, nem yo, nem tu João
"ti cuida mermão"
que agora começa o furacão
montanha russa é a vida
que na sanidade se apresenta vã
coisa que tu não é João
vê tudo reto, no chão
mas a partir de agora não
João, te cuida
que crescer não é mole não

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Yes, bananas!

No tanks.
Prefiro almofadas em forma de coração
Ou botas de couro cano alto com brilhos de pedras rotas
Talvez um chocolate preto com biscoitos brancos
Mingau de milho amarelo com farelo de ervilha verde
sem piada de pontinho no alto do prédio
mas com uma pitada de sal no tédio
ou açúcar, pra melar essa sensação de doce
de bombom, de trufa de adocicado terno
de sabor intenso e quase eterno
pelo menos enquanto dura
salve a árvore pela fruta madura
que de tanto dar hoje é velha
mas a cada primavera renasce, revive, reveste
e pinga no chão sua experiência terrestre
tu és luz segura abrigada em um candelabros de ferro
que deixa transparecer apenas o calor de tua chama
pra aquecer as almas de outros candelabros confusos
com o poder desse inverno num planeta perverso
e tudo vai virar só luz
nos braços do meu pai eterno.

Timi...d...e....zzzz

Sim
é verdade
sim
é o sim
sou eu
me desculpe
então...
é que...
não sei como dizer
pode parecer que não sei
mas não é bem assim
é que eu
bem, eu sou
você é
bem, dependendo
sei lá
pode ser que
talvez eu queira
mas não deva
dizer
mas...
deixa pra lá
não era nada
ou era
sei não
quer saber...
vou falar
vou dizer
é que...
bem...
nada.
esquece
vá e durma
amanhã eu falo
ou nunca
ou agora
pode ser?
então lá vai
ou melhor não
ou sim
ou não
talvez
bem...
agora vai
já foi?
foi não
cochilei
ou esqueci
ou dormi
desmaiei?
então..
eu disse?
não?
vem cá...
agora vou dizer
ou falar
ou mímica
ou desenhar
não fique triste
não é culpa minha
sou assim
peraí!
até quando?
até que?
porque?
eu não quero
não aceito
não carimbo
vou voar
pra fora de mim
e achar capim
que me alimente
e me torne animal rupestre
sem medo dos terrestres.

Trilema

Tem trigo
tem migo
eu digo
e fito
giro
esquivo
e miro
atiro
mas não sei se quero
acertar
acerto
ou erro
talvez queira errar
ou não
ou pouco
nada
trilema
é sim
é não
é talvez
como não sei
digo: Eu não
sei
vivo trigo
no bolo
digerido com ovo
vira bolo
alimentar
fecal
adubo
planta
árvore
fruta
alimento do bem
ou do mal

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Negra Pedra

De tanto andar
se chega ao longe
que vale cada metro
meço o passo que vale
porque realmente
vale sim

E tanto sobe e desce
tanto aperto
pára e anda sem fim
nada mais cansa
de tanta beleza ao redor
saio de mim

E tanta gente canta
e mais ainda se encanta
a lua se levanta
e todos parecem saudá-la
cantando feito lobos
uivando no meio da praça

E tudo parece antigo
e isso deixa ainda mais lindo
a verdade de ver algo assim
o mundo todo vem aqui
e eu que moro perto nem tanto
mas compensa cada passo
cada litro, cada gasto

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Samba à la bamba

Samba só pode ser feito por um bamba
que entende como é que se samba
que olha pra mulata subindo o morro
que requebra nas quebradas com a Socorro

Samba só pode ser feito por um bamba
que sabe escrever e cantar um samba
que toma uma cerveja no buteco do Jorge
e tem na porta da casa um vaso de comigo-ninguém-pode

Samba de verdade só é bem feito por um bamba
que sobe a ladeira de pandeiro na mão tocando samba
que no cavaco toca brasileirinho até de costas
e tem um monte de nega querendo lhe suar atrás da porta

Samba de verdade só tem um
Só tem vez feito por um
bamba de verdade nos morros da cidade
pode ser Rocinha, Alemão, Mangueira, Aglomerado da Serra ou PPL
Porque samba não é coisa só de Carioca e Paulista
Minas Gerais tem bamba que faz babar muita mulata
e tem mulata, tem, Bh tem, tem, tem.
E tem samba no morro tem
Que o Brasil de norte a sul ouve os bambas de toda cidade
Que fazem um samba com amor e com verdade

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Vai vai vai...

Vai e vê se te acha
Vá e vê se te encontra
Se me acha coloca no sedex e manda a conta
que me conta desta história?
tá mal contada, mal vivida
e se te paga, pega a pila
que o tempo voa, e faz ferida
as vezes até cicatriza
mas eu não quero arriscar
minha face tão perfeita e abençoada
a deixar você me levantar a mão suada
eu vou é sair, partir e voar...voar
e se vai, vai que já foi tarde demais
e se foi, foi, que já vai cedo...vai
e quem é ela que briga assim comigo
só quero ser bem vestido
mas você não quer nada, diz ...vai
você fica de graça se esborracha no chão
e vai sair, vai penar, vai curtir e voar
me deixa em paz com palavras incompletas
quero curtir a vida, andar com pernas retas
e se cair o chão do mar, do ar, do luar do sertão
te parto a cara, quando minha mão cair no chão
e se vai ver, vai vai vai... que vai vai vai chover
e se não ver o vento bater a porta ou portão
meu barracão vai logo saber
que você chegou com a alma desarrumada
me pedindo pra te dar uma aconselhada
um conselho nunca matou ninguém minha filha
mas o meu custa doze merréis e um beijo com paixão
e se não for, vai vai...ver se estou na esquina
que meu dinheiro vale tempo, que esse não te dou
e se chorar na cerca da minha armadilha
trago o machado pra podar um pé de flor
e te dar todo meu grande, rico, leve amor
e agora acabou essa história de querida
que eu vou vou vou....e você vai vai vai
ser bem mais feliz com sua estrada
e eu com minha bagagem vou cantar na madrugada
e viver, e sorrir e chorar
porque nada vale mais na vida que uma história bem contada
então vai contar...porque o mundo precisa de sua fala
e vai vai vai...viver, cantar, sorrir e me beijar! ah vai!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Pode ser

Pode ser
nunca se sabe
a diferença entre
saber e achar que sabe
vai saber
às vezes cabe nessa história
a ignorância de uma hora
neste minuto insólito
que insiste em saber ou não
o que de verdade e certo
existe em mim, comigo, sentindo, contido
Pode ser que seja verdade
se não for já é
e se for, adeus.

Procton sulivas

Procton Sulivas
Proctus Sulis
Pro Suli
Pro Su
Prsu
Prs
Ps.: Desculpa.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Adminiabstração

Ad ministra
a ação
ministra
da ação
ação mini
stração
dmin stra
ação
ação
ação
mini ação
istração
ad ação
administra
ção
a ação
da administração
ação

domingo, 24 de agosto de 2008

Acontece ndo

O que será que acontece
a gente as vezes esquece
e isso é normal
pelo menos parece
ser

o que será que acontece
a gente canta ri diverte
e de repente parece pouco
parece nada
desaparece

O que será que me desce
me pega no pé
me sobe o corpo
e me entristece
te entristece

Porque será que me passa
pela cabeça oca
procurar outra roupa
pra vestir se estou bem
vestido

Quando será que acaba
esta coisa estranha
que atormenta meus sonhos
me sorri pelos ombros
então

Vai que será como antes
olhos palpitantes
pimenta vermelha pulsando
minhas mãos vibrando
atração

E se vai ser o será
de outra forma não há
como prever
mas queria saber
aprovar

E será que virá
um vento a resfrescar
meu cérebro batido
minha cabeça rouca
parar

Para sempre será
a dúvida constante
dos desejos inconstantes
do meu caminhar
viver

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Enquanto ando

tudo parece parar
o vento sopra mais forte
o olhar não tem corte
a boca só saliva

enquanto ando
canto por dentro
por dentro de mim
eu anda de novo

Se paro eu ando
porque por dentro sou tudo
sou mais, sou forte
imortal, sou a morte

eu renasço na esquina
na blusa que balança
na criança que anda de bicicleta
no pé ante pé do atleta

enquanto eu ando
eu suo, transpiração
blusa gruda
pingo cai no chão

mas não tem problema
não ligo não
é mais um problema que ficou pra trás
e agora eu quero mesmo é viver

e se tudo que digo tem sentido
enquando ando, nada tem
nada vai, nada vem
enquanto ando, eu corro
eu pulo, salto, choro, rio
enquanto eu rio, salto
enquanto eu choro, corro
enquanto escrevo, ando
ando todo dia
noite e dia
pra viver

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Telefone

Telefone toca
eu fico mudo
não atendo
nem desligo
nem ligo
Olho enquanto pisca
depois pára
aparece uma mensagem
chamada perdida
mas nada está perdido neste mundo
Não venha me dizer o que não sabe
sua máquina imperfeita e limitada
tudo passa
tudo é reciclável
e pode se passar
um dia, dois ou três quem sabe
mas a chamada volta
ela se acha e volta a chamar
só não sei se vai dar
se vou atender
recusar
ou só ver a tela piscar

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

patinetes

Eu nunca andei de patinetes
nem sei como escreve
escrevi como se fala
mas se escreve diferente
eu não sei
Patinetes é com s mesmo
ou com z o patinetez
nunca vi isso escrito
nunca andei, só vi uma vez
mas achei legal a palavra
netes lembra manetes
pati me lembra patins
então é um patins de controle?
Ou o controle de patins?
Não andei de patinetes
e mesmo assim sou feliz
já masquei muito chicletes
bola em bola, babaloo, big big
mas nunca andei de patinetes
por que pra mim é assim
sou feliz de patinetes e sem
e todo mundo gosta de mim
me empresta um patinetes?
com s, z ou no singular
anda logo, pra mim.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Raposa

Meu Cruzeiro fez um gol
é o primeiro
de todos ali pertinho
dá mais um passo, quietinho
como todo bom mineiro

Mas tem gente que dá corda
inventa, solta, prende...enrola
e essa tal bola, passa de pé em pé
enquanto pé ante pé vou até a gelareira
buscar uma diversão pra minha tv
tipo cerveja, vinho ou sei lá o que

Futebol engorda
bola mata
e craque é crime
paixão é nosso orgulho!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Dormir

Hoje vou escrever pouco
porque tenho que dormir cedo
porque tenho que acordar cedo
e se eu dormir tarde
eu acordo tarde
ou até acordo cedo
mas com vontade de ser mais tarde

Então evito esse alarde
e pra não dizer que sou covarde
que é medo da sonolência no dia seguinte
afirmo que estou pingando
ou melhor, quase cochilando
e acabei caindo no sono profundo

Eu ainda provo pra essa gente
pé quente, crente, descrente
que medo é lenda, invenção
como o bicho papão
que pega o pé da gente

terça-feira, 29 de julho de 2008

Voltei

Eu voltei
Nem acredito que um dia saí
mas e daí?
isso é coisa do passado
e o que passou passou
melhor olhar pra frente
pisar macio e forte
cantar sereno e alto
e poder dizer de peito aberto
na cidade ou num deserto

Voltei porque aqui sou eu
aqui eu sou eu
aqui sou eu o eu
sim, sou eu, em mim.

E por mais que isso me faça
e por menos que não fizer
sei que um dia amei
sentar e falar o pior
mas agora tô noutra
sou outro em mim
outra fase de um tempo
outros tempos de uma cuca

Se não puder dar o remédio
a dor eu não darei
Se não puder alimentar
falar de chester, não farei
Porque agora sou outro
agora sou mais
e quero ver o mundo
com olhos de paz.