quinta-feira, 25 de março de 2010

tinta fresca seca velha

Pintura seca na parede
escorre água, pinta o chão
dá sede, dá nojo, dá nada
que se reviram, rebolam
embolam a cor derramada
num pingo de nuvem
colorido de vento
o chão acalento
respingado de suor
de amor
de pão-de-ló
ou lembranças só
a sós, a voz
tudo relembra o passado
o pensado, o feito, o achado
mesmo que não tenha nada
sobrado
o bom é lembrar
sorrir
e olhar pra quem tá ao lado
mesmo que não esteja
um dia estará
e novamente a gota vai escorrer
molhar, colorir o ser

Nenhum comentário: